Associação Cultural Trupe ( Brasília de Minas) / Alunos do 5º perído de Teatro da Unimontes
ELENCO:
Ariã Santana
Rafael Lorran
TEXTO E ADAPTAÇÃO:
Rafael Lorran
PREPARAÇÃO CORPORAL E COREOGRAFIA:
Ariã Santana
DIREÇÃO E CONCEPÇÃO GERAL:
Ariã Santana e Rafael Lorran
MAQUIAGEM E TÉCNICA
Ricardo Simões
ASSISTENTE
Jéssica Freires
De Chapéu e Coração: Três Histórias de Paixão
“Si bem que ieu pudia inté falare maisi do que nóis vai fazê aqui procês. Má tinha o risco di océis cansá de tanto falatório e num quizé ircurtá nóis depoisi.
A certeza é a di qui nóis fala o que tem di falá, e nessa istrada a diante pricisa é priciso dividi nossas história, pruqê quem dividi pranta uma semente nu coração de quem orve, e vira aquela taca de pranta nasceno de core, jeito e furmuzura diferente, é quase irguá quando ganha presente sem irperar, ou quando os fulião passa numa aligria só.
Esse espretáculo é qui nem fuzuê em dia de fêra, tem caso que acunteçeu de fatu e outros que esperam outro papo, a fartura de palavra é sem iguar... Pode farta tempo pra durmi, tempo pra cumer tempo pra arriar, e inté pra vender mas num farta dedo-de-prosa pram ode um sorrisu acender. É iguár curió cantando baixo, é inté capaz de dirrubar um.
Pruqê prosa num farta, nem que aparecesse assumbração, nóis conta pruquê orve e prova quando puder, a curuja que me picou mora no quintar do Seu Zezé.”
RELEASE II
O espetáculo “De chapéu e coração: três histórias de Paixão” traz ao público a sensibilidade de três contos mineiros narrados em cordel, onde o enlace das estórias se faz pela poética de um povo, o canto de um lugar e a métrica de uma Identidade. Os personagens inspirados nesse povo de traços fortes e cultura enraizada vivenciam em cena, situações corriqueiras, onde os variados conflitos – dinheiro, amor, compaixão, ganância, solidariedade, revolta – mostram-se comuns e particulares, ao passo que o desenrolar das estórias culminam sempre na mesma paixão. Com as cores, lembranças e sons da mineiriedade constrói o imaginário popular.
“De chapéu e Coração: Três histórias de Paixão” desenha em linhas coloridas e texto dançante um emaranhado de sensações e imagens onde a cara de Minas Gerais se faz presente em cada causo, cada canção e cada resposta sutil do jeito matreiro de narrar, e cantar contando suas histórias, trazendo na aba do chapéu um coração gigante Quanto.